terça-feira, 30 de abril de 2013

BARÃO DE COCAIS POR DONA MARIA RAPOSO


Encontro em preparação ao 13º Intereclesial de CEBs
por Maria Raposo de Freitas (Chalé)
Tema: Justiça e profecia a serviço da vida
Lema: CEBs Romeiros do Reino no campo e na cidade
Acontecerá de 07 a 11 de janeiro de 2014 em Juazeiro do Norte- Ceará/Diocese de Crato
Este encontro de preparação aconteceu em Barão de Cocais nos dias19, 20 e 21 de abril de 2013. Com as Dioceses que compõe a região Centro Micro II sendo Mariana, Guanhães, Itabira, Governador Valadares e Caratinga.

Relatório    1-Buscando justiça e fazendo profecia  (em versos)
19 de abril às 11:30 sai de minha casa
A serviço da vida o trem das CEBs peguei
De chalé para Lajinha, em Manhuaçu cheguei
Junto com o companheiro Claudiney
Pegamos o ônibus de Carangola
Que por ali ia passar.
Veio pegando os romeiros e em Barão de Cocais às 23h00 chegamos
Fomos acolhidos e jantamos
E nas casas fomos dormir
D. Geralda Figueiredo nos recebeu
Com carinho e a sorrir
Fui dormir a meia noite
Só um sono aconteceu
E tive tempo de sonhar
Com profecia e vida
Acontecendo em todo lugar
Romeiros do reino, no campo
E na cidade
Desde crianças e os jovens
Com idosos e todas as idades

2-O grito de Caratinga
É com a boca no trombone
Fora os agrotóxicos
Fora a morte dos jovens
Para termos fé nos homens

3-Arquidiocese de Mariana
Profetas que anunciaram
E também gritam
Por igualdade de direitos
Gritam contra a corrupção
Gritam contra a violência
Gritam contra a impunidade
Tem grito de excluído
E tem grupo de reflexão
Têmcarência de liderança
E também de formação
Mas tem testemunhoe oração

4- Diocese de Governador Valadares
Justiça e vida
Contra o extermínio de jovens
As liderança : trabalham
Nos movimentos sociais
Clamam por justiça
Aos jovens do campo
Nas cidades e rurais
Empresa de ônibus que atrasam
Pedimos direito para todos
Os desempregados e o Rio Doce
Envenenado pelo cultivo do eucalipto
As nascentes que resistem
Já não nasce tão bonito
Mas coisas boas acontecem
Romaria das águas e da terra
O grito dos excluídos
A festa da colheita
E o grito contra os bandidos

5-A diocese de Guanhães
Vem gritar com os quilombolas
A saúde fragilizada
O dramático crescimento das drogas
A telha de amianto nas casas
Estoura nossos miolos
Temos feira das mulheres
E trabalho de agricultores
As cebs trabalham também na apicultura
O pé forte das cebs e o grupo de reflexão
Para pobres e doutores
A diocese é nova precisa mais união
E com o bispo novo,
Venceremos com oração.

6-Aquele que foi chagado
No meio de nós está
Entrou no trem das CEBs
Chegou em todo lugar
O povo luta pela terra
Que de água sedenta está
Cariris velhos e novos
Vale do Jaguaribe
Vila do Cariri
E na chapada do Araripe
Cariri é o oásis do sertão
Que enobrece nossa alma
E enche o coração

7-São 307 fontes
A serpente é a mãe da água
Que protegia o Cariri
E um dia tudo inundado
A pedra vai explodir
E o mar vai invadir
A lenda é a linda estória
Do juazeiro é a terra da cruz
Do padrinho e da beata
Que se casou com Jesus

8-Mas Dom Geraldo chegou
E a todos deu um bom dia
Com comunidades de comunidades
De Aparecida surgiu
Com palavras de esperança e também de alegria
Saudou todas as dioceses
E logo se despedia
Com padre Anastácio
A história continuou
Com a mãe do belo amor
Com seus 3 fios de cabelo
Que um dia romperia
E o amor tudo invadia

9-Tem gente que faz roçado
Metade é pra mãe de Deus
Cria o bacuri a metade vai vender
De onde vem essa força
Quea fé leva a suceder
Esse povo de ano em ano
Luta pra organizar
E com Maria Madalena de Araújo de Espirito Santo
Tinha fé e grande força
E com padrinho foi morar

10-E com século 19 vem reforma protestante
E também o iluminismo
O povo ficou sem apoio
E se fez fora da igreja
Baseado no socialismo
Ao anseio do povo a igreja se fechou
Só o padre falava
E o povo obedecia
E a igreja encheu o clero
Só de teologia

11-E o lema era simples
Nada faltará
E a partilha acontecia
Criou a casa de caridade
Asmeninas protegia
Tinha casa e aprendia boas maneiras
Eram mestras e rendeiras
Eram beatas e cuidava dos órfãos da cólera
O Joaquim ea Joaquina
O menino Cícero levava
E as pregações ouvia
E o padre Ibíapina dizia :
Só deus é grande e ninguém é pequeno
E Cícero vai pra seminário
Não era tão obediente
Foi ordenado e pra Crato se mudou
Consertou os casamentos
Que o sacristão não sacramentou
E na fazenda do tabuleiro
A missa do galo celebrou
E Cícero sobe a serra do Caririaçu
E numa quinta–feira
Depois da missa de adoração
Ascinco da manhã
Recebeu a comunhão , a Maria Madalena
Em sua boca a comunhão
Em sangue se transformou
E numa noite na rede
Cícero tem um sonho místico :
De repente entra Jesus , coração exposto apareceu
E pra Cícero falou :
Difunda o amor ao coração de Jesus
E passa a multidão dos descalços e famintos chegou
Cuide desse povo Cícero
E desse povo cuidou
Não mande esse povo embora
Dê a esse povo de comer
E deste lugar sagrado
O lugar da eucaristia
Em 1934 , padre Cícero morreu chorando
Não podia celebrar
Quebraram o tumulo da beata
A historia queriam apagar
Mas ainda continua viva
No coração do Ceará
E depois nós vimos um filme
Com a cara do juazeiro
As romeiras e romeiros
Com seus rituais litúrgicos
E assim nos surpreenderam
Tomamos o cafezinho
E para os grupos nós fomos
Fizermos um bom estudo
E para o grupão retornamos
E osdoze grupo voltaram
Com seus narradores
E cada um discorreu o tema
E nos fez conhecedores
E o relatório de hoje
Por aqui vou terminar
Mando o meu abraço a todos
E também pra Ceará .
                                                Barão de Cocais - MG


POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A JUVENTUDE


Políticas Públicas para a Juventude
 (OLHARES DA JUVENTUDE - 02)

O ano de 2013 está marcado por manifestações com temas relacionados à juventude. O fato ocorre devido alguns segmentos da sociedade, entre estes, podemos destacar a igreja católica, que traz na sua Campanha da Fraternidade o tema juventude. Somando-se a isto, este ano, ocorrerá no Rio de Janeiro a Jornada Mundial da Juventude, onde jovens do mundo todo estarão reunidos.
Diante desses acontecimentos surgem às oportunidades de debates de temas relacionados à juventude. Momento propício para avaliação e ao mesmo tempo oportunidades para apontar caminhos onde a juventude pode avançar.
Reconhecemos que a juventude está fragilizada, passa por um momento da história em que não será tão lembrada pela ação de transformação social. Quando se fala de participação e mobilização a juventude está desmotivada, sem identidade.

Não significa que devemos apontar a juventude como culpada pelo fato. Isso ocorre pela falta de espaços oferecidos pela sociedade atual. Os principais segmentos representativos no Brasil sejam políticos, sociais e religiosos, estão cada vez mais conservadores. Muitos deste com opiniões formadas não abrindo espaço para a inclusão do pensamento jovem.
Oposto a isto, temos inúmeros ambientes negativos favoráveis e convidativos à presença da juventude, entre este podemos destacar as drogas seja licitas e ilícitas, o crime, o tráfico e a mídia, em especial a internet que é um caminho complexo e propício para a ilegalidade.
Ao trabalhar temas relacionados à juventude, devemos olhar para os jovens, incluí-lo no debate. As ideias devem partir da juventude. Este é outro desafio, tendo em vista, que, até o momento muitos temas sobre jovem não incluem a opinião do jovem. São temas impostos, não retratam os valores e os anseios juvenis.
Falar da juventude é lembrar de mais de 50 milhões de brasileiros e brasileiras que a todo momento é bombardeado pelo consumismo, pelo individualismo, pela mídia e pelo modelo econômico atual. É reconhecer neles o presente de uma realidade que indica como será o futuro.
Falar de juventude é falar de políticas públicas. Mesmo representando mais de 25% da população, a juventude ainda não avançou no quesito políticas específicas e claras. Essas políticas têm como finalidade definir estratégias de participação do poder público em ações pontuais que atinja claramente à juventude, garantindo a estes, serviços sociais com igualdade de direito.
Quando se fala em participação a juventude ainda está atrás dos demais segmentos representativos como assistência social, educação, saúde, meio ambiente entre outros. É momento da juventude aprofundar seus conhecimentos nos espaços participativos garantidos por lei.
Entre os espaços que a juventude deve reivindicar, está a participação em conselhos de juventude. Os conselhos são órgãos importantíssimos, neles se constroem as políticas públicas específicas para a juventude. São espaços democráticos, onde diversos segmentos da sociedade civil – neste caso, representado pelos jovens – debatem, juntamente com o poder público, as melhores estratégias para o enfrentamento das necessidades básicas daqueles que são usuários da política.
Também é função dos conselhos atuarem como fiscalizadores dos recursos públicos. Essa presença efetiva torna os recursos públicos mais transparentes. Por outro lado, a probabilidade de acertos dos investimentos são maiores, tendo em vista que as decisões são tomadas de forma coletiva, levando em consideração agentes – no caso os jovens – que estão lidando diretamente e diariamente com os problemas enfrentados pelos jovens. 
Portanto é momento dos jovens fortalecer os conselhos da juventude, ingressar nestes espaços tendo como meta criar políticas publicas que garanta aos jovens uma educação de qualidade, o ingresso de todas as camadas sociais em universidades públicas, que o poder público tenha políticas clara para o primeiro emprego, que dê aos jovens do campo a mesma oportunidade que os jovens urbanos, que tenha acesso à saúde de qualidade e gratuita e que crie mecanismos mais diretos no combate às drogas seja licita ou ilícita.
Este é um momento impar para a juventude avançar na garantia de direito sociais. Portanto, cabe aos jovens conhecer como funciona o conselho da juventude no seu município, caso ainda não funcione, reivindique do poder público o seu funcionamento. É direito do jovem. É momento da juventude se organizar, mostrar que podem fazer a diferença.

Júlio César de Oliveira Brum
Conselheiro Estadual de Assistência Social
Especialista em Democracia Participativa, República e Movimentos Sociais – UFMG
  

segunda-feira, 29 de abril de 2013

COMUNIDADES DE COMUNIDADE

Artigo transcrito do site da CNBB RECUPERAR AS COMUNIDADES

Recuperar a comunidade como dimensão essencial da vida cristã

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Dom João Bosco
Bispo de União da Vitória (SC)
Bispos de todo o Brasil, mais de trezentos, reunidos em Aparecida para a 51ª Assembleia Geral da CNBB, tiveram como tema principal das discussões “Comunidade de Comunidades: uma nova Paróquia”. A expressão “comunidade de comunidades” é mais antiga, mas ganhou força no Documento de Aparecida, em 2007 (DAp, 309), para descrever o que é a Igreja. Em 2011, os Bispos do Brasil incluíram essa expressão como uma das urgências da ação evangelizadora, expressas nas Diretrizes Gerais para o Brasil. Nesta assembleia, os Bispos juntaram a essa expressão “Comunidade de Comunidades” uma outra ideia, a de renovar as paróquias para que se tornem mais adequadas à realidade do mundo de hoje.
Renovar as Paróquias
As paróquias existem desde os primeiros séculos do cristianismo, e persistem até hoje como ponto de referência mais próximo e visível para o povo cristão encontrar-se com Deus. Todos identificam a Paróquia com um determinado território, que tem como centro a Igreja paroquial, e as comunidades que fazem parte dela são as Capelas, espalhadas por esse território. Os fiéis que residem nesse território fazem parte da mesma paróquia, e ali buscam os serviços religiosos de que necessitam, sobretudo a missa dominical, as orações, e os sacramentos em geral. Esse quadro simples, porem, não descreve mais a Paróquia de hoje.
A vida urbana e as grandes mudanças na cultura atual questionam a instituição paroquial. Nas cidades, já não há essa delimitação territorial nem pertença a uma paróquia. A facilidade de locomoção leva os fiéis a procurarem o seu ambiente de fé independente do território paroquial. Muitos já não têm mais o sentido de pertença a uma comunidade definida. Os meios de comunicação colocam dentro de casa a missa da Canção Nova, do Santuário de Aparecida ou do Pai Eterno, e é possível se associar a essas comunidades mais intensamente que à Igreja local. Muitos até questionam se não estaria na hora de extinguir a paróquia, e partir para outras formas de organização da vida religiosa. Mas quais seriam essas outras formas?
Os bispos da América Latina, em Aparecida, reafirmaram a importância da paróquia, e pediram que fosse renovada. Na continuação do Documento de Aparecida, também as Diretrizes Gerais afirmam essa necessidade. Renovar a Paróquia tem sido a prioridade do nosso Regional Sul 2, do Paraná, nesses últimos anos. Mas como fazer isso? Uma possível resposta está sendo proposta agora pelos Bispos do Brasil, na última Assembleia Geral, acontecida em Aparecida, de 10 a 19 de abril. O documento de estudos, aprovado pela CNBB se chama “Comunidade de Comunidades: uma nova Paróquia”, e nós precisamos conhecer essa proposta.
Por que recuperar a Comunidade
Hoje se fala muito em comunidade. Comunidade paroquial, comunidade escolar, comunidade econômica, comunidade familiar, e até comunidades virtuais, espalhadas pelas redes de computadores. Fala-se muito, mas, na realidade, vivemos num mundo onde cada um vive para si. Um mundo cada vez mais anônimo, pessoas isoladas pela competição e fechadas no individualismo, uma solidão de doer. As famílias que deveriam ser a comunidade mais próxima, e de íntima convivência, desintegram-se. Os meios de comunicação, que deviam aproximar as pessoas, acabam distanciando: não é difícil ver uma família na sala, onde alguns olham calados para a TV, enquanto outros estão entretidos, cada um com seu celular ou computador... São os tempos de hoje.
Guardadas as proporções, o mesmo aconteceu no tempo de Jesus: O Império Romano havia transformado rapidamente as estruturas da sociedade. O povo de Israel, que tinha por tradição uma forte experiência familiar, estava em grande decomposição, for força da nova cultura romana que misturava diversos povos. As “tradições paternas” do judaísmo se quebravam na maré forte de novos costumes. Nesse contexto Jesus começa a reconstruir o sentido de “comunidade”. Primeiro, convida os apóstolos, forma com eles uma pequena comunidade bem unida. Depois começa a conquistar discípulos formando uma nova família. Quem é minha mãe, quem são meus irmãos? – pergunta Jesus. “São aqueles que fazem a vontade do Pai, esses são meus irmãos” (cf. Mc 3, 34-35). Na nova comunidade de Jesus, a lei maior é o amor, a autoridade é serviço, a reconciliação é a prática diária, a partilha dos bens é a regra. Essa nova comunidade de Jesus, com a pregação dos primeiros discípulos, se espalhou rapidamente pela Galileia. E depois da ressurreição mais ainda, quando “o Senhor ia ajuntando à comunidade dos discípulos milhares de outros que deviam ser salvos” (cf. At 2,47). É muito claro que sem comunidade não há como viver nesta nova família fundada por Jesus.
À luz da experiência dos primeiros discípulos, o que seria, hoje, recuperar a comunidade? Como fazer das nossas paróquias o lugar da experiência de Cristo vivo, o lugar da fraternidade e da comunhão de vida? Na grande comunidade paroquial onde as pessoas não se conhecem, não se relacionam como irmãos, não partilham suas esperanças, suas dificuldades e angústias, não celebram concretamente a vida e ao amor, isso não é possível. Já uma paróquia formada de pequenas comunidades que favoreçam a partilha de vida, onde há proximidade afetiva, onde se formam discípulos missionários, esse encontro com Cristo, é possível. Nas pequenas comunidades, é possível a leitura orante da Palavra de Deus, o acompanhamento dos enlutados, a inserção dos novos cristãos, a preocupação com os pobres, a transmissão da fé pelo testemunho junto às crianças, adolescentes e jovens, a espiritualidade própria e variada dos movimentos e grupos, com suas vertentes de espiritualidade. Nos setores formados por vizinhança, por núcleos de interesses, grupos profissionais, por faixas etárias, ambiente de convivência, e muitas outras modalidades, Cristo vivo se faz presente, segundo a fórmula que ele mesmo ditou: “onde dois ou mais estão reunidos em meu nome, eu estou no meio deles” (Mt 18,20).
Uma nova Paróquia
Uma nova paróquia, comunidade de comunidades, não é apenas uma estratégia para as necessidades espirituais do momento. Nem pode ser uma tentativa de estancar a diminuição do número de fieis que frequentam a Igreja. Trata-se de redescobrir as raízes da experiência cristã, refazer o caminho proposto por Cristo aos discípulos, juntar-se a ele, que continua vivo e presente na sua Igreja. A nova paróquia não é, em primeiro lugar, uma estrutura, um território, um edifício, mas é, sobretudo, a família de Deus. Enquanto espaço da comunidade, a Paróquia reúne cristãos em grupos que se comprometem em viver a fé e o evangelho de forma comunitária, garante a esses grupos a vida eucarística, a formação missionária, se abre para acolher os mais afastados, vai ao encontro dos necessitados. As pequenas comunidades que formam uma paróquia renovada não se fecham em si mesmas. Não são pequenos mundos isolados. Encontram na paróquia o seu ponto de integração e união. O pároco, como animador de toda a vida paroquial, há de estar presente, em todas as comunidades, mas isso não significa um aumento de trabalho do padre, antes a urgência de um verdadeiro protagonismo de leigos e leigas, como já foi pedido pelo Concilio, cinquenta anos atrás. Igualmente a Paróquia renovada estará necessariamente ligada à vida diocesana. Esta unidade é essencial e se expressa na oração, nos vínculos de pertença, na pastoral orgânica e de conjunto. O planejamento diocesano permite novas inspirações para a ação, e permite que cada comunidade mantenha a unidade na diversidade das realidades. O olhar aberto das comunidades, para a realidade paroquial, para as demais paróquias, especialmente as que estão em áreas pastorais mais carentes, para a diocese, e mesmo para a as áreas de missão além das fronteiras da diocese, deverá ser sinal de vida “sadia” de uma comunidade de comunidades. Vamos lembrar o que disse o Papa Francisco recentemente: “Uma Igreja que se fecha em si mesma, mais cedo ou mais tarde adoece na atmosfera viciada de seu confinamento. Também é verdade que uma Igreja que sai, pode acontecer o mesmo que a uma pessoa quando vai para a rua: sofrer um acidente. Diante desta alternativa, quero lhes dizer, francamente, que prefiro mil vezes uma Igreja acidentada a uma Igreja doente”. (Carta aos bispos argentinos, 18 de abril).
Proposições
O texto de estudos “Comunidade de Comunidades: uma nova Paróquia”, já está nas mãos dos párocos e, através deles, deverá chegar ao conhecimento de todas as comunidades. Deve ser objeto de estudo dos Conselhos Pastorais. O texto termina com algumas proposições bem concretas. A CNBB pede que durante este ano, a reflexão atenta, a criatividade, a multiplicação dos grupos, a formação dos leigos, o envolvimento dos movimentos de espiritualidade, as novas experiências de vida e missão, enriqueçam o texto com modelos vivos de paróquias renovadas. A partir do mês de outubro deste ano, o grupo que trabalhou na redação deste estudo começará a recolher essas experiências, que deverão iluminar um novo e definitivo documento da CNBB. Convido os nossas paróquias, clero e leigos, como fruto concreto deste “Ano da Fé” que se encerra em outubro, a abraçar com gosto e coragem a tarefa proposta. Não me digam que será uma tarefa fácil. O próprio Documento de Aparecida já reconhecia ser difícil, porém necessária a renovação. Nas Diretrizes Gerais lemos assim: “O caminho para que a Paróquia se torne verdadeiramente uma comunidade de comunidades é inevitável, desafiando a criatividade, o respeito mútuo, a sensibilidade para o momento histórico e a capacidade de agir com rapidez.”(DGAE, 63)


domingo, 28 de abril de 2013

ENCONTRO DE CEBs DA MICRO LESTE II


A CAMINHO DO13º INTERECLESIAL


Entre os dias 7 e 11 de janeiro de 2014, a cidade de Juazeiro do Norte (CE), diocese de Crato, sediará o 13º Intereclesial de Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). 

O tema do 13º Intereclesial será ‘Justiça e Profecia a serviço da Vida’ e o lema: ‘CEBs, romeiras do reino no campo e na cidade’.

Desde o primeiro intereclesial realizado em 1975, o objetivo desse evento foi mostrar a caminhada das Comunidades e discutir um tema específico.  

E em preparação ao 13º intereclesial de CEBs, aconteceu em Barão de Cocais, nos dias 19 a 21 de abril de 2013, com a participação de 335 delegados, o 13º encontro das CEBS micro centro II, compostas pela arquidiocese de Mariana, e a
s dioceses de Caratinga, Guanhães, Itabira/Coronel Fabriciano e Governador Valadares.

O encontro foi assessorado pelo padre Anastácio Ferreira, do estado do Ceará, que fez um relato histórico da vida de padre Cícero e da comunidade de Caldeirão, município de Crato, Ceará. Este estudo se fez necessário pelo fato de que a diocese de Crato, Ceará, sediará o próximo encontro intereclesial das Cebs. Segundo padre Anastácio, padre Cícero com grande afinco, fé e piedade daquele povo sofrido realizou grandes feitos nas terras nordestinas. E Caldeirão, foi lugar de sinal de liberdade camponesa onde o povo prosperou numa vida baseada na experiência das primeiras comunidades cristãs (Atos2, 42-47).

Além de termos tomado conhecimento do contexto histórico do local sede do 13º intereclesial, reafirmamos o compromisso dos intereclesiais de relembrar todos que lutam pela vida, saímos do encontro revigorado e com a certeza de que estamos no caminho certo, pois as CEBs nos faz olhar com o olhar de Cristo o trem da história com seus santos e mártires menosprezados pela história convencional.                                                                                                                                                                                                                       
   
Marília Cândida 




segunda-feira, 15 de abril de 2013

Jovens da Forania se reúnem em Lajinha-MG

Nos dias 12, 13 e 14 de abril de 2013, jovens da Forania de Ipanema participaram de um encontro em Lajinha-MG.

Foram dias de muita reflexão, orações e também momentos de descontração com por peças teatrais.

A acessorista foi a Irmã Hortência, da cidade de São Paulo.

Camilia Reis, de Mutum, destacou que o encontro foi de grande valor espiritual para ela e os demais participantes.