Theófilo de Paula
Eucaristia é um dos mais belos sacramentos da
Igreja. Ela foi instituída pelo próprio
Cristo Senhor da história que se sujeitou à condição humana. Nela, a Igreja
lembra o grande amor que libertou o homem da morte. Além disso, a Eucaristia
alimenta o espírito e cativa a comunhão entre os cristãos. É uma das bases que
sustenta a Igreja em sua missão.
Durante sua missão evangelizadora aqui na
terra, Jesus olhava para a miséria e a fome do seu povo. A falta de pão
material era uma realidade presente em muitas famílias. Muitos não tinham o que
comer, mas além da falta do pão físico, não tinham o pão espiritual que
ajudasse as pessoas a enfrentarem seus desafios diários. O próprio Cristo se auto intitulou como pão
vivo descido do céu, nós diz São João.
Cristo com sua Palavra, fortalecia a esperança
das pessoas, curava os doentes, especialmente aqueles que tinham perdido a
esperança, convertia os pecadores e, por meio dela, demonstrava seu amor por
todos. Essa Palavra se tornava pão espiritual para as multidões que o seguiam.
No milagre da multiplicação, essa multidão carente da Palavra é impulsionada a
partilhar seus cinco pães e dois peixes, que saciam a fome do corpo e cujas
sobras enchem doze cestos.
Amando cada um com igualdade, Nosso Senhor
demonstra sua grande prova de amor, sendo traído e condenado à morte. Embora sendo
inocente, Jesus é morto numa cruz. Ressuscitando no terceiro dia, sobe aos céus
e abre as portas para que todo pecador entre no Reino triunfante da glória de
Deus. Entretanto, antes de ser morto, Jesus quis ficar perto dos homens de
forma bem particular, como o pão que desceu do céu. O Deus feito homem institui
na última ceia a Eucaristia. Quando
Chegou a hora, Jesus se pôs à mesa com os apóstolos. E disse: “Desejei muito
comer com vocês esta ceia pascal, antes de sofrer. Pois eu lhes digo: nunca
mais a comerei, até que ela se realize no Reino de Deus” (Lc 22, 14-16).
Jesus quer ficar para sempre na memória dos
homens. A Eucaristia tem este caráter de memória, mas não é apenas uma lembrança[1].
A memória eucarística é atualização do mistério. Sendo assim, cada vez que se
celebra a Eucaristia, os fiéis são conduzidos ao mistério de Cristo, sua Paixão,
morte e ressurreição.
A cada missa celebrada o mistério do Amor é
atualizado por seus seguidores. Cada vez que se recebe o Pão eucarístico das
mãos sacerdotais e dos ministros extraordinários da sagrada comunhão, recebe-se
igualmente o Pão dado pelo próprio Senhor. Isso graças à ação do Espirito Santo,
que vindo sobre o pão e o vinho, os consagram em Corpo e Sangue de Cristo. Portanto, a Eucaristia deve ser respeitada e
venerada, pois ela é o gesto de amor do Cristo pela sua amada, a Igreja, sendo
ela centro da vida da Igreja, a união do céu com a terra, o Esposo ressuscitado
unindo-se intimamente a cada membro da Esposa.
Por fim, a Eucaristia é o alimento do espírito
que nos abre a Deus. Através desta abertura, sentimos o amor do Criador para
conosco, seus filhos. Vendo a bondade do Misericordioso reconhecemos sua
paternidade sendo convidados a viver na comunhão com os irmãos, e sendo igual às
primeiras comunidades cristãs, que punham tudo em comum, ajudando os irmãos em suas
dificuldades e lutando por um sociedade mais justa e menos desigual.
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