Todos os grandes eventos exigem uma preparação. Por isso,
a Igreja instituiu, na Liturgia, um período que antecede o Natal: o Advento
que, ao longo da história da Igreja, tomou diversas formas.
Receber uma visita é uma arte que uma dona de casa
exercita com freqüência. E quando o visitante é ilustre, os preparativos são mais exigentes.
Imagine o leitor que numa Missa de domingo seu pároco anunciasse a visita
pastoral do bispo diocesano, acrescida de uma particularidade: um dos
paroquianos seria escolhido à sorte para receber o prelado em sua casa, para
almoçar, após a Missa.
Certamente, durante alguns dias, tudo no lar da família
eleita se voltaria para a preparação de tão honrosa visita. A seleção do menu,
para o almoço, o que melhorar na decoração do lar, que roupas usar nessa
ocasião única. Na véspera, uma arrumação geral na casa seria de praxe, de modo
a ficar tudo eximiamente ordenado, na expectativa do grande dia.
Essa preparação que normalmente se faz, na vida social,
para receber um visitante de importância, também é conveniente fazer-se no
campo sobrenatural. É o que ocorre, no ciclo litúrgico, em relação às grandes
festividades, como por exemplo o Natal. A Santa Igreja, em sua sabedoria
multissecular, instituiu um período de preparação, com a finalidade de
compenetrar todas as almas cristãs da importância desse acontecimento e
proporcionar-lhes os meios de se purificarem para celebrar essa solenidade
dignamente. Esse período é chamado de Advento.
FONTE: ARAUTOS DO EVANGELHO.
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